No dia 06 de agosto de 1936, durante uma colheita de mamonas, as duas meninas testemunharam algo extraordinário. Um relâmpago rasgou o céu e as duas jovens viram uma mulher muito bonita, que segurava uma criança nos braços. Quando chegaram à residência, contaram a história para os pais de Maria da Luz. Inicialmente, os dois não acreditaram e seu Arthur foi com as meninas até o local da aparição, que era de difícil acesso.

Chegando lá, as duas viram novamente a mulher. Sem conseguir enxergar e achando que era alucinação das garotas, o pai de Maria da Luz pediu que ela perguntasse para a moça quem era Ela e o que queria. “Eu sou a Graça”, respondeu. “Vim para avisar que hão de vir três castigos mandados por Deus. Diga ao povo que reze e faça penitência”, completou. Desde então, as duas não pararam de ver a imagem.

A notícia logo se espalhou pela região e passou a ser acompanhada pela Igreja local, de modo muito especial pelo padre alemão José Kehle, que desempenhou um papel muito importante para que a mensagem transmitida pelas duas meninas tivesse credibilidade.

Conforme o tempo passava, Maria da Luz sentia, cada vez mais forte, o chamado à vida religiosa. Finalmente, no dia 12 de junho de 1940, ela ingressa no Instituto das Religiosas da Instrução Cristã e recebe o nome de irmã Adélia. Era o início de uma missão dedicada aos mais pobres e de oração pelos sacerdotes.